sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Filme: Um Salão do Barulho 3

Dez anos se passaram após a última ida a barbearia de Calvin (Ice Cube). Seus amigos de longa data, como Eddie (Cedric the Entertainer) e J.D. (Anthony Anderson) continuam os mesmos. No entanto, uma onda de violência começa a tomar conta do bairro, fazendo com que os moradores se juntem novamente para salvar a comunidade.

Filme: O Contador de Historia

O emocionante filme de Luiz Villaça baseado na trajetória de Roberto Carlos Ramos que vai de sua infância miserável na FEBEM até se tornar um contador de histórias celebrado é uma agradável surpresa.
Amparado pelo amor de uma pedagoga francesa brilhantemente vivida pela expressiva Maria de Medeiros, o menino vai aos poucos ganhando autoconfiança e consegue viver à custa de sua imaginação fértil que mistura sua dura realidade com delírios histriônicos. Aliás, um pouco mais desta fantasia melhoraria o produto final desta obra, pois é o ponto alto do filme.
Tenho um amigo escritor que costuma dizer que cada vida tem uma estória extraordinária. Difícil é saber contá-la tão bem quanto Roberto Carlos Ramos. Há uma cena fundamental e divertida com Chico Diaz que resume a essência de todo o filme e a importância de saber contar coisas tão bem quanto ele. Espere os créditos finais para conhecê-lo melhor.

FILME: RAÇA

Cinebiografia de Jesse Owens (Stephan James), atleta negro americano que ganhou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, superando corredores arianos em pleno regime nazista de Adolf Hitler.

Filme: NINA SIMONE


Filme: Bessie Smith

Bessie Smith (Chattanooga, Tennessee, 15 de abril de 1894 - Clarksdale, Mississippi, 26 de setembro de 1937) foi uma cantora de Blues norte-americana.
Às vezes referida como "A Imperatriz dos Blues", Smith foi a mais popular cantora de blues das décadas de 20 e 30 do século XX,[1]. Ela é frequentemente considerado como uma das maiores cantoras de sua época, e junto com Louis Armstrong, uma grande influência sobre os vocalistas de jazz posteriores[2]

Índice

Filme: CHIRAQ - SPIKEE LEE




O filme é inspirado na peça Lisístrata, de Aristófanes.
O longa se passa em Chicago e o título em inglês do filme, Chi-Raq, é uma gíria usada em Chicago para comparar a violência da cidade com a do Iraque.
Spike Lee já dirigiu Samuel L. Jackson e Wesley Snipes em Mais e Melhores Blues (1990) e Febre da Selva (1991).
O cineasta trabalhou com Angela Bassett em Malcolm X (1992).
Samuel L. Jackson e John Cusack dividiram os créditos em 1408 (2007) e Celular (2016).
Gênero:Drama
Origem:Estados Unidos
No bairro de Englewood, em Chicago, a violência toma conta. Um menino é morto por um tiro e cansada de ver o terror de perto, um grupo de mulheres se rebela contra os homens, fazendo greve de sexo para tentar reverter a situação caótica do lugar.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Quilombo dos Palmares, um legado panafricanista para os negros e negras do século XXI

"...o exercício de pensar, comum a todo ser inteligente, deve ser valorizado primeiro pelo que o realiza. É certo: nada se leva da vida a não ser a memória de nossas ações e, se deixa a energia do que produziu nos outros com quem se interagiu. É certo também que somos imortalizados pelo nosso pensamento. Saber pensar e ousar dizer o que pensa tem um preço. Mas há pessoas que não se vendem."
Patrice Lumumba

Aos milhões, e vivenciando os mesmos dramas do passado que assola o povo negro  nestas terras brasileiras, chegamos em mais um vinte de novembro.

Aos milhões, chegamos em mais um dia nacional da consciência negra com a necessidade de rememorar e refletir a nossa trajetória a luz da  história vivenciada e contada por nós mesmos, objetivando entender a essência do eterno legado deixado para nós por Aqualtune, Dandara,  Aquataluxe, Akotirene, Ganga Zumba, Zumbi e outros.

Chegamos, neste tempo, aos milhões, ao contratário dos homens e mulheres do Quilombo dos Palmares, sem saber extamente quem nós somos enquanto povo preto. Chegamos, neste tempo, sem saber exatamente onde nós estamos enquanto povo. Chegamos, neste tempo, sem saber extamente para onde vamos enquanto povo preto.

“Ninguém no mundo, ninguém na história, conseguiu sua liberdade apelando para o senso moral das pessoas que o oprimiam.”
Assata Shakur


Se os palmarinos e palmarianas estivessem aqui, neste tempo,  conosco, contra o que lutariam hoje? Se tivessem vivos, quais seriam os objetivos de suas lutas? Onde será que iriam querer  chegar junto com o seu povo?! Como será que iriam  querer alcançar os seus própositos?

Aos milhões, aqui estamos, no Brasil do ano de 2015, num dia de celebração  (celebramos o que mesmo?!) dependentes do sistema político, jurídico e econômico do homem branco. No Brasil de 2015, aos milhões, somos aculturados, assimilados, alienados e subjugados. No Brasil do tempo presente, somos uma comunidade sem autonomia política e econômica. Somos uma comunidade de pessoas que não possui estrutura própria para dar respostas aos  seus próprios problemas básicos.


"A confiança de nossa raça no progresso e realizações dos outros na expectativa de obter simpatia, justiça e direitos é como depender de uma bengala quebrada, onde o apoiar-se nela significará uma eventual queda no chão”

Marcus Garvey


Contra o que nossas guerreiros e guerreiras ancestrais estariam lutando?! Será que faria igual a presente geração  que implora ao “Deus” estado para trazer a “salvação” para seu povo?! Será que eles estariam aceitando vender a liberdade do seu povo em detrimento de participação em espaços políticos sem nenhuma capacidade de resolução de problemais reais?

Contra o que eles estariam lutando?! Qual objetivo estariam buscando? O que estariam realizando de grandioso para os seus ?! Eles estariam lutando por políticas públicas na área de educação ou estariam criando quilombos educacionais?! Eles estariam implorando por empregos ou estariam desenvolvendo uma linha de autonomia econômica?! Eles estariam exigindo maior participação social dos negros no mundo branco ou eles estariam planejando uma independência territorial para uma geração vindoura desfrutar ?! Estariam implorando a quem nos mata uma melhor política de saúde ou estariam organizando profissionais  para construir instituições para solucionar problemas dos seus?

Será que os palmarinos e palmarinas estariam celebrando avanços e conquistas do nosso povo ao se deparar com as nossas comunidades infectadas com as drogas e infestadas com as armas do homem branco?! Será que eles e elas estariam esperançosos e confiantes no futuro ao se deparar com uma parte significativa da juventude do seu povo encarcerada, sendo números cada vez mais expressivos das estátisticas de homicídios  e direcionada para a cultura da morte e da auto-destruição?!

Será que nossos ancestrais combativos estariam hoje celebrando o intenso crescimento das mortes das  mulheres negras? Estariam celebrando a reelaboração do racismo ? Estariam celebrando o total controle  das nossas vidas pelo supremacismo branco na saúde, na educação, na religião, na política, na economia, na cultura e onde couber dominação ou estariam rejeitando este tipo de autoritarismo para construir uma sociedade negra autônoma e livre para os seus?!

“O sistema não falha com aqueles para quem ele não foi feito para servir”

W. E. Du Bois


Dandara, Aqualtune, Aquataluxe, estariam celebrando os graves problemas espirituais e psicologicos oriundos desta falsa política de diversidade e desta ilusória política de igualdade ou estariam construindo um novo Quilombo dos Palmares para trazer as respostas para os problemas dos negros e negras do século XXI?!

Pelo que eles e elas lutariam? Pelo que nós estamos lutando hoje? Quem era os palmarinos e palmarinas no brasil do século XVI? Quem somos nós negros e negras no Brasil do ´seculo XXI? Até onde eles chegaram? Até onde podemos chegar?!

Aos milhões estamos aqui, neste tempo, sem um próposito e sem um destino comum. No entanto, ao milhões, na construção panafricanista, encontraremos o caminho da liberdade.

“Que a vida não parou
A vida não pára aqui
A luta não acabou
E nem acabará
Só quando a liberdade raiar... yeah!
Só quando a liberdade raiar..

Edson Gomes